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Apresentação

A decorrer em Luanda, o programa de residências da Nesr Art Foundation é aberto a todos os artistas emergentes angolanos e a selecção é feita pela comissão artística da fundação após concurso público.

A missão das residências é estabelecer um envolvimento mais profundo entre artistas e curadores e criar oportunidades para orientação prática e teórica. Tem o compromisso de facilitar as ligações com a cena social e cultural em Angola, bem como manter fortes conversas entre os residentes e profissionais das artes internacionais.

O programa de Residências acolhe 6 artistas por ano, em 3 sessões de 2 a 3 meses, com 2 artistas de cada vez. Os residentes recebem um estúdio e espaço de convivência totalmente mobiliados, bem como uma bolsa mensal e uma bolsa de produção.

Open Call

Brevemente.

Detalhes

Residentes

Sofia Yala Sofia Yala

Residência: May - July,2023
A obra de Sofia Yala transparece um calmo senso de urgência em apresentar material de arquivo combinado com episódios de emancipação. A arte de Sofia trás consigo histórias em diferente tempos, texturas e camadas. Considera a (des)construção do seu próprio corpo e identidade, em busca de formas futurísticas de enquadramento. O processo de produção do seu trabalho baseia-se na fotografia no entanto, Sofia gosta de apresentá-lo juntamente com outras composições e formatos.

Type here to Search, Collage, Inkjet print on cotton paper,
2020

Carina Ubisse Capitine Carina Ubisse Capitine

Residência: May - July, 2023
A artista moçambicana e queer Carina Capitine acredita no poder da arte para dar voz às realidades das comunidades marginalizadas. Ela manifesta o carácter sáfico da sua arte no uso do corpo, natureza e sensualidade, para retratar a sua interação com a energia feminina. Através da combinação entre cerâmica artesanal, escrita e recortes audiovisuais, Carina encontra um veículo para a autorreflexão e expressão e ela explora o uso da arte como ferramenta de comunicação para a mudança social.

KAPPAUSE, modelagem s/ barro vermelho, 2021

Malebona Maphutse Malebona Maphutse

Residência: January - March, 2023
Malebona Maphutse, artista convidada através de uma parceria com a galeria THIS IS NOT A WHITE CUBE, vive e trabalha em Joanesburgo, e procura construir narrativas históricas através da sua extensa e abrangente produção artística - que inclui linogravura e digigrafia, pintura sobre tela, desenho, instalações escultóricas e video art. As suas instalações e colagens digitais apropriam-se da linguagem visual dos panfletos de rua, explorando de forma mordaz a dívida histórica resultante de uma opressão sistémica. De modo a compreender a política do espaço, através do seu trabalho procura indagar de que forma os corpos encontram o espaço, transcendendo a ideia da mera existência.

Siyagoduka: Bamba Lapha, 2021.

Hélio Buite Hélio Buite

Residência: January - March, 2023
A prática de Hélio Buite aprofunda-se em diferentes disciplinas, como fotografia, vídeo, instalação, áudio e documentação. Interessa-se pelo neocolonialismo ao analisar o percurso percorrido por Angola, desde o colonialismo, a independência, a guerra civil e a crise económica que o país atravessa. Hélio acredita num futuro de autossuficiência e de direitos humanos que se praticam, e não só escritos. Uma realidade que parece utópica no contexto atual.

Grupo Paizinho e Filhos LDT, 2021.

Adriano Cangombe Adriano Cangombe

Residência: September - November, 2022
A prática artística de Adriano Cangombe concentra-se em dar um novo significado a determinados aspetos, fatos e acontecimentos que marcaram a história angolana no contexto da guerra civil. O seu trabalho é fundamentalmente centrado na construção da memória coletiva e do arquivo que sustenta sua narrativa, resultando na experimentação de diferentes técnicas e materiais.

Ao Som das Marés, 2022.

Rui Magalhães Rui Magalhães

Residência: September - November, 2022
Rui Magalhães é um fotógrafo que captura lugares comuns com uma intensidade detalhada e um olhar atento às expressões, atitudes e posturas que expõem mecanismos de visibilidade e opacidade, mobilidade e permanência, resistência e sobrevivência em uma cidade construída sobre eventualidades económicas. Estudando-nos e estudando as ocupações dos espaços, a sua prática é um misto de arquivo crítico da história arquitetónica recente de Luanda e da arqueologia urbana, documentando as relações inoperáveis ​​da cidade.

Sem titulo, fotografia. (Benguela, Angola 2019)

Benigno Mangovo Benigno Mangovo

Residência: May - June, 2022
A obra de Benigno é, essencialmente, uma representação metafórica de experiências pessoais e diversas características que compõem a experiência humana, como relações interpessoais, medo, morte, solidão, memória, amor e sonhos.

Mbu, 2020

Eltina Gaspar Eltina Gaspar

Residência: May - June, 2022
Eltina Gaspar utiliza a fotografia como uma ferramenta de comunicação, expressando-se através dela. O seu trabalho foca-se sob direitos humanos, protestos sociais. Através das suas imagens narra, o contexto social, político e económico do seu país e do mundo.

"Melanina", fotografia.

Osvaldo Ferreira Osvaldo Ferreira

Residência: November - December, 2021
Osvaldo Ferreira explora a relação entre gerações no quotidiano social de Angola.

Juntos pela mesma causa, 2021

Pamina Sebastião Pamina Sebastião

Residência: November - December, 2021
Pamina Sebastião é uma artista e ativista cuja prática se centra no género e na sexualidade, bem como na (des)construção do corpo como parte do processo de descolonização.

Desenho da Série Cardernos de Colagens, Colagem e caneta s/ papel, 2021

Open Call

Sofia Yala

Residência: May - July,2023: May - July,2023
A obra de Sofia Yala transparece um calmo senso de urgência em apresentar material de arquivo combinado com episódios de emancipação. A arte de Sofia trás consigo histórias em diferente tempos, texturas e camadas. Considera a (des)construção do seu próprio corpo e identidade, em busca de formas futurísticas de enquadramento. O processo de produção do seu trabalho baseia-se na fotografia no entanto, Sofia gosta de apresentá-lo juntamente com outras composições e formatos.

Type here to Search, Collage, Inkjet print on cotton paper,
2020

Sofia Yala,

Carina Ubisse Capitine

Residência: May - July, 2023: May - July, 2023
A artista moçambicana e queer Carina Capitine acredita no poder da arte para dar voz às realidades das comunidades marginalizadas. Ela manifesta o carácter sáfico da sua arte no uso do corpo, natureza e sensualidade, para retratar a sua interação com a energia feminina. Através da combinação entre cerâmica artesanal, escrita e recortes audiovisuais, Carina encontra um veículo para a autorreflexão e expressão e ela explora o uso da arte como ferramenta de comunicação para a mudança social.

KAPPAUSE, modelagem s/ barro vermelho, 2021

Carina Ubisse Capitine,

Malebona Maphutse

Residência: January - March, 2023: January - March, 2023
Malebona Maphutse, artista convidada através de uma parceria com a galeria THIS IS NOT A WHITE CUBE, vive e trabalha em Joanesburgo, e procura construir narrativas históricas através da sua extensa e abrangente produção artística - que inclui linogravura e digigrafia, pintura sobre tela, desenho, instalações escultóricas e video art. As suas instalações e colagens digitais apropriam-se da linguagem visual dos panfletos de rua, explorando de forma mordaz a dívida histórica resultante de uma opressão sistémica. De modo a compreender a política do espaço, através do seu trabalho procura indagar de que forma os corpos encontram o espaço, transcendendo a ideia da mera existência.

Siyagoduka: Bamba Lapha, 2021.

Malebona Maphutse,

Hélio Buite

Residência: January - March, 2023: January - March, 2023
A prática de Hélio Buite aprofunda-se em diferentes disciplinas, como fotografia, vídeo, instalação, áudio e documentação. Interessa-se pelo neocolonialismo ao analisar o percurso percorrido por Angola, desde o colonialismo, a independência, a guerra civil e a crise económica que o país atravessa. Hélio acredita num futuro de autossuficiência e de direitos humanos que se praticam, e não só escritos. Uma realidade que parece utópica no contexto atual.

Grupo Paizinho e Filhos LDT, 2021.

Hélio Buite,

Adriano Cangombe

Residência: September - November, 2022: September - November, 2022
A prática artística de Adriano Cangombe concentra-se em dar um novo significado a determinados aspetos, fatos e acontecimentos que marcaram a história angolana no contexto da guerra civil. O seu trabalho é fundamentalmente centrado na construção da memória coletiva e do arquivo que sustenta sua narrativa, resultando na experimentação de diferentes técnicas e materiais.

Ao Som das Marés, 2022.

Adriano Cangombe,

Rui Magalhães

Residência: September - November, 2022: September - November, 2022
Rui Magalhães é um fotógrafo que captura lugares comuns com uma intensidade detalhada e um olhar atento às expressões, atitudes e posturas que expõem mecanismos de visibilidade e opacidade, mobilidade e permanência, resistência e sobrevivência em uma cidade construída sobre eventualidades económicas. Estudando-nos e estudando as ocupações dos espaços, a sua prática é um misto de arquivo crítico da história arquitetónica recente de Luanda e da arqueologia urbana, documentando as relações inoperáveis ​​da cidade.

Sem titulo, fotografia. (Benguela, Angola 2019)

Rui Magalhães,

Benigno Mangovo

Residência: May - June, 2022: May - June, 2022
A obra de Benigno é, essencialmente, uma representação metafórica de experiências pessoais e diversas características que compõem a experiência humana, como relações interpessoais, medo, morte, solidão, memória, amor e sonhos.

Mbu, 2020

Benigno Mangovo,

Eltina Gaspar

Residência: May - June, 2022: May - June, 2022
Eltina Gaspar utiliza a fotografia como uma ferramenta de comunicação, expressando-se através dela. O seu trabalho foca-se sob direitos humanos, protestos sociais. Através das suas imagens narra, o contexto social, político e económico do seu país e do mundo.

"Melanina", fotografia.

Eltina Gaspar,

Osvaldo Ferreira

Residência: November - December, 2021: November - December, 2021
Osvaldo Ferreira explora a relação entre gerações no quotidiano social de Angola.

Juntos pela mesma causa, 2021

Osvaldo Ferreira,

Pamina Sebastião

Residência: November - December, 2021: November - December, 2021
Pamina Sebastião é uma artista e ativista cuja prática se centra no género e na sexualidade, bem como na (des)construção do corpo como parte do processo de descolonização.

Desenho da Série Cardernos de Colagens, Colagem e caneta s/ papel, 2021

Pamina Sebastião,

Apresentação

Constituindo um conjunto significativo e inédito de obras de arte que mostram a vitalidade e diversidade de Angola, a coleção visa contextualizar essas obras dentro de práticas mais amplas em África e na sua diáspora.

A Fundação facilita a circulação de obras em todo o mundo com um programa ativo de empréstimo de seu acervo.

Artistas

António Ole António Ole

Residência:
António Ole (n.1951) é uma das principais figuras da história dos desenvolvimentos artísticos em Angola e uma das mais ativas no panorama internacional da arte contemporânea entre os artistas africanos de língua portuguesa. O seu rico e diversificado universo visual está ligado à vívida intersecção da observação direta, da memória histórica, de referências de longo alcance e de questões contemporâneas prementes como a pobreza, a desigualdade, a migração, a corrupção e o desenvolvimento insustentável. O seu ambiente cultural e natural imediato são fontes contínuas de inspiração. Ao longo da sua obra, o artista presta frequentemente homenagem à simples beleza e criatividade espontânea que prosperam entre a população angolana e que se nota em todos os aspetos do quotidiano das pessoas. A sua inventividade multimédia vai desde cinema, vídeo e fotografia até desenhos, colagem, pintura, escultura e instalação monumental.

O Poder da Água e das Partículas Sensíveis,2018.

Benigno Mangovo Benigno Mangovo

Residência:
O trabalho de Benigno é uma representação metafórica de experiências pessoais e diversas características que compõem a experiência humana, como, relações interpessoais, medo, morte, solidão, memória, amor e sonhos.

Ilumbu Awuna, 2022.

Gio Swaby Gio Swaby

Residência:
“O meu trabalho é em torno da exploração da identidade, mais especificamente, sobre as interseções da negritude e feminilidade. Interessa-me as maneiras sobre as quais essa identidade física pode servir como uma força positiva de conexão e proximidade, enquanto que se examina a relação imposta com a alteridade ao mesmo tempo.”

Another Side To Me Second Chapter #2, 2021.

Helena Uambembe Helena Uambembe

Residência:
Helena Uambembe é uma artista angola-sul-africana cuja obra interroga a relação diádica entre o político (política mundial) e o doméstico (política pessoal). Extraindo da história pessoal e familiar, Uambembe mapeia o espaço ideológico e íntimo criado pelos laços históricos e coloniais entre a história angolana, da África Austral e global. Nascida na África do Sul em 1994, os seus pais angolanos fugiram da guerra civil angolana em 1975 e instalaram-se no embate de Pomfret com outras famílias do 32 Batalhão. Esta complexa história familiar (ela própria uma ruptura das narrativas actuais aceites da África pós-colonial), o 32 Batalhão, Pomfret e a sua herança angolana são temas dominantes na sua abordagem multidisciplinar.

She is the earth and speaks for those in the after, 2022-23.

That many crowds, faces and bodies, 2022-23.

Joana Choumali Joana Choumali

Residência:
Nascida em 1974, Choumali é uma artista visual/fotógrafa baseada em Abidjan, Costa do Marfim. Trabalha principalmente em retratos conceituais, técnica mista e fotografia documental. Grande parte de seu trabalho centra-se em África e no que ela, como africana, aprende sobre as inúmeras culturas ao seu redor. Na série Alba'hian que significa “a primeira luz do dia” na língua Agni do grupo Akan na Costa do Marfim - a artista medita sobre a paisagem urbana durante o tempo e os processos do amanhecer. Obras que retratam indivíduos específicos encontrados nessas caminhadas matinais, contemplando o âmago do ser humano, capturando seu État d'esprit (estado de espírito). Através de suas intervenções têxteis e colagem, os sujeitos se movem mais do que a vida através de cidades silenciosas; com rostos borrados pelo movimento ou pelo tecido, as suas figuras e gestos permanecem legíveis e tornam-se universais.

Interconnected, 2020.
Créditos:Nii Odzenma photography

The crop, Series Albahian, 2019.
Créditos: Nii Odzenma photography

Jeremy Demester Jeremy Demester

Residência:

Times of Grace VII,2021.

Kiluanji Kia Henda Kiluanji Kia Henda

Residência:
Nascido em 1979, em Luanda (Angola), Kiluanji Kia Henda é um artista multidisciplinar que usa o humor e a narrativa visual para examinar a história colonial de Angola e propor novas possibilidades para o futuro. O seu trabalho foi apresentado na Bienal de Veneza, Bienal de São Paulo e Bienal de Gwangju, e sua série fotográfica Rusty Mirage (The City Skyline) (2013) foi adquirida pela Tate Modern em 2019. Trabalhando em fotografia, vídeo, instalação, e performance, Kia Henda conecta a luta de Angola pela libertação e busca de uma identidade pós-colonial às histórias globais de escravidão e colonização. Ele emprega o humor para mediar assuntos pesados ​​como opressão, guerra e pobreza, e reaproveita espaços públicos carregados de significado histórico para remodelar a memória coletiva.

Migrants Who Don’t Give a Fuck. 2019
Cortesia do artista e da Goodman Gallery

Mónica de Miranda Mónica de Miranda

Residência:
Nascida em 1976, Mónica de Miranda é uma artista portuguesa, que vive e trabalha em Lisboa, Portugal. Mónica é artista e investigadora. Nascida no Porto (Portugal) de pais angolanos, ela descreve-se como uma artista que trabalha na diáspora. O Seu trabalho é baseado em temas de arqueologia urbana e geografias pessoais. Nas suas investigações sobre o mundo afro-português, as obras de Mónica de Miranda criam um espaço de debate sobre a relação histórica entre Portugal e as suas ex-colónias, informadas pela própria experiência da artista. De Miranda desenha, aborda corpos, ideias e emoções, insinuando o facto de que a maioria dos que estiveram na trajetória do império não teve o poder de mudar a história.

Botanic gardens (Arquipélago Series), 2014.

Back to Paradise (1). 2021

Back to Paradise (2). 2021

Osvaldo Ferreira Osvaldo Ferreira

Residência:
Osvaldo Ferreira (n. 1980, Angola), explora temáticas relacionadas com o quotidiano da sociedade angolana, evidenciando uma continuidade / descontinuidade intergeracional no que diz respeito às vivências sociais. Constituída maioritariamente por pintura, a sua obra integra frequentemente elementos cromáticos e materiais que remetem para a tradição têxtil africana de cores exuberantes. Deste modo, o artista assinala a presença da herança cultural e social do seu continente, África - um continente que, através da colonização e globalização, testemunhou sucessivos processos de apropriação e manipulação cultural, gerando a miscigenação involuntária e a imposição de um sistema que conduziu à degeneração da sua identidade.

O Caos Global, 2022.

René Tavares René Tavares

Residência:
René Tavares (n. 1983 em São Tomé e Príncipe) traduz em pintura e desenho, através de traços, linhas e manchas, uma síntese pessoal da sua própria identidade - sempre em processo “inacabado” - posicionando-se em constante movimento entre referências passadas e presentes. Em obras como "No Boundaries to Love (Cotton People Reloaded)", René Tavares reflete sobre a diáspora africana e sobre as diferentes formas de miscigenação que têm ocorrido. Paralelamente, reflete sobre o seu processo criativo enquanto artista em sintonia com os ritmos de miscigenação que sobrepõem tempos e lugares, diluindo as fronteiras entre domínios.

No Boundaries to Love (Cotton People Reloaded), 2021.

Yinka Shoribare Yinka Shoribare

Residência:
Através sua prática colorida e em diverentes materiais, Yinka Shonibare considera para o seu trabalho questões de pós-colonialismo e globalização e frequentemente faz referência ao distintivo tecido batik comum na Nigéria. "The African Library" é uma comemoração da luta pela independência nas antigas colônias europeias em todo o continente africano e celebra as conquistas feitas pelos africanos desde a libertação. Consiste numa instalação de milhares de livros cobertos com o tecido de algodão estampado com cera holandesa, assinatura do artista. Como trechos da biblioteca mais ampla, as colecções desta Biblioteca Africana concentram-se em colaboradores de disciplinas específicas como: Músicos, Atores, Desportistas, Ativistas, Líderes Empresariais, Líderes Políticas Femininas, Designers, Professores e Académicos, Cineastas e Profissionais do Teatro. As colecções são constituídas por aproximadamente 200 livros e são apresentadas em uma estante com uma caixa-catálogo sob medida.

The African Library Collection: Female Political Leaders, 2021

Ymane Chabi-Gara Ymane Chabi-Gara

Residência:
Ymane Chabi-Gara é uma pintora francêsa nascida em 1986. Vive e trabalha em Montreuil. O isolamento, a solidão, o corpo em relação ao mundo e à condição de ser social são os temas principais das pinturas de Ymane Chabi-Gara. Representam indivíduos, sozinhos ou em pequenos grupos, em universos e situações que espelham a sua interioridade. Espaços domésticos e terrenos baldios industriais servem de suporte à narrativa, guiada por impressões formais e coloridas. A princípio, um desenho bem detalhado determina a estrutura da composição. Então a experiência da pintura, por si só, abre possibilidades sensíveis e pictóricas. O corpo, sempre no centro das suas preocupações, serve de ponto de convergência para o qual toda a experiência tende e encontra sentido. O corpo dos outros mas também, recentemente, o seu próprio corpo. Essa encenação de si mesma toca, tanto a singularidade do íntimo, quanto a solidão como sentimento arcaico e universal.

KOENJI (BUSTE BLANC), 2022

Esther Mahlangu Esther Mahlangu

Residência:
Esther Mahlangu faz parte da comunidade Ndebele na região de Gauteng, localizada ao norte de Pretória. Os Ndebele, ao contrário de muitas outras tribos da África do Sul, conseguiram preservar suas tradições ancestrais centenárias. Apesar de ser uma sociedade patriarcal, a herança artística é passada de mãe para filha; quando uma jovem atinge a puberdade, ela se afasta da sociedade masculina por três meses e ensinou os padrões cerimoniais de Ndebele beadwork - no século XIX esta tradição estendeu-se às pinturas murais decorativas, também executadas exclusivamente pelas mulheres Ndebele. Esther Mahlangu é uma importante defensora dessa tradição. Desenha à mão, sem primeiro medir ou fazer um esboço, usando tintas vinílicas luminosas e de alto contraste, que conferem cores e padrões extraordinários aos seus murais. Embora à primeira vista sejam puramente abstratas, suas composições são construídas sobre um sistema inventivo de sinais e símbolos. Mahlangu é o primeiro artista Ndebele a transpor pinturas de murais para telas e a convenções de sua obra para uma escala maior.

Ndbele abstract, 2022

António Ole

António Ole (n.1951) é uma das principais figuras da história dos desenvolvimentos artísticos em Angola e uma das mais ativas no panorama internacional da arte contemporânea entre os artistas africanos de língua portuguesa. O seu rico e diversificado universo visual está ligado à vívida intersecção da observação direta, da memória histórica, de referências de longo alcance e de questões contemporâneas prementes como a pobreza, a desigualdade, a migração, a corrupção e o desenvolvimento insustentável. O seu ambiente cultural e natural imediato são fontes contínuas de inspiração. Ao longo da sua obra, o artista presta frequentemente homenagem à simples beleza e criatividade espontânea que prosperam entre a população angolana e que se nota em todos os aspetos do quotidiano das pessoas. A sua inventividade multimédia vai desde cinema, vídeo e fotografia até desenhos, colagem, pintura, escultura e instalação monumental.

O Poder da Água e das Partículas Sensíveis,2018.

António Ole,

Benigno Mangovo

O trabalho de Benigno é uma representação metafórica de experiências pessoais e diversas características que compõem a experiência humana, como, relações interpessoais, medo, morte, solidão, memória, amor e sonhos.

Ilumbu Awuna, 2022.

Benigno Mangovo,

Gio Swaby

“O meu trabalho é em torno da exploração da identidade, mais especificamente, sobre as interseções da negritude e feminilidade. Interessa-me as maneiras sobre as quais essa identidade física pode servir como uma força positiva de conexão e proximidade, enquanto que se examina a relação imposta com a alteridade ao mesmo tempo.”

Another Side To Me Second Chapter #2, 2021.

Gio Swaby ,

Helena Uambembe

Helena Uambembe é uma artista angola-sul-africana cuja obra interroga a relação diádica entre o político (política mundial) e o doméstico (política pessoal). Extraindo da história pessoal e familiar, Uambembe mapeia o espaço ideológico e íntimo criado pelos laços históricos e coloniais entre a história angolana, da África Austral e global. Nascida na África do Sul em 1994, os seus pais angolanos fugiram da guerra civil angolana em 1975 e instalaram-se no embate de Pomfret com outras famílias do 32 Batalhão. Esta complexa história familiar (ela própria uma ruptura das narrativas actuais aceites da África pós-colonial), o 32 Batalhão, Pomfret e a sua herança angolana são temas dominantes na sua abordagem multidisciplinar.

She is the earth and speaks for those in the after, 2022-23.

That many crowds, faces and bodies, 2022-23.

Helena Uambembe,

Joana Choumali

Nascida em 1974, Choumali é uma artista visual/fotógrafa baseada em Abidjan, Costa do Marfim. Trabalha principalmente em retratos conceituais, técnica mista e fotografia documental. Grande parte de seu trabalho centra-se em África e no que ela, como africana, aprende sobre as inúmeras culturas ao seu redor. Na série Alba'hian que significa “a primeira luz do dia” na língua Agni do grupo Akan na Costa do Marfim - a artista medita sobre a paisagem urbana durante o tempo e os processos do amanhecer. Obras que retratam indivíduos específicos encontrados nessas caminhadas matinais, contemplando o âmago do ser humano, capturando seu État d'esprit (estado de espírito). Através de suas intervenções têxteis e colagem, os sujeitos se movem mais do que a vida através de cidades silenciosas; com rostos borrados pelo movimento ou pelo tecido, as suas figuras e gestos permanecem legíveis e tornam-se universais.

Interconnected, 2020.
Créditos:Nii Odzenma photography

The crop, Series Albahian, 2019.
Créditos: Nii Odzenma photography

Joana Choumali,

Jeremy Demester

Times of Grace VII,2021.

Jeremy Demester,

Kiluanji Kia Henda

Nascido em 1979, em Luanda (Angola), Kiluanji Kia Henda é um artista multidisciplinar que usa o humor e a narrativa visual para examinar a história colonial de Angola e propor novas possibilidades para o futuro. O seu trabalho foi apresentado na Bienal de Veneza, Bienal de São Paulo e Bienal de Gwangju, e sua série fotográfica Rusty Mirage (The City Skyline) (2013) foi adquirida pela Tate Modern em 2019. Trabalhando em fotografia, vídeo, instalação, e performance, Kia Henda conecta a luta de Angola pela libertação e busca de uma identidade pós-colonial às histórias globais de escravidão e colonização. Ele emprega o humor para mediar assuntos pesados ​​como opressão, guerra e pobreza, e reaproveita espaços públicos carregados de significado histórico para remodelar a memória coletiva.

Migrants Who Don’t Give a Fuck. 2019
Cortesia do artista e da Goodman Gallery

Kiluanji Kia Henda ,

Mónica de Miranda

Nascida em 1976, Mónica de Miranda é uma artista portuguesa, que vive e trabalha em Lisboa, Portugal. Mónica é artista e investigadora. Nascida no Porto (Portugal) de pais angolanos, ela descreve-se como uma artista que trabalha na diáspora. O Seu trabalho é baseado em temas de arqueologia urbana e geografias pessoais. Nas suas investigações sobre o mundo afro-português, as obras de Mónica de Miranda criam um espaço de debate sobre a relação histórica entre Portugal e as suas ex-colónias, informadas pela própria experiência da artista. De Miranda desenha, aborda corpos, ideias e emoções, insinuando o facto de que a maioria dos que estiveram na trajetória do império não teve o poder de mudar a história.

Botanic gardens (Arquipélago Series), 2014.

Back to Paradise (1). 2021

Back to Paradise (2). 2021

Mónica de Miranda,

Osvaldo Ferreira

Osvaldo Ferreira (n. 1980, Angola), explora temáticas relacionadas com o quotidiano da sociedade angolana, evidenciando uma continuidade / descontinuidade intergeracional no que diz respeito às vivências sociais. Constituída maioritariamente por pintura, a sua obra integra frequentemente elementos cromáticos e materiais que remetem para a tradição têxtil africana de cores exuberantes. Deste modo, o artista assinala a presença da herança cultural e social do seu continente, África - um continente que, através da colonização e globalização, testemunhou sucessivos processos de apropriação e manipulação cultural, gerando a miscigenação involuntária e a imposição de um sistema que conduziu à degeneração da sua identidade.

O Caos Global, 2022.

Osvaldo Ferreira,

René Tavares

René Tavares (n. 1983 em São Tomé e Príncipe) traduz em pintura e desenho, através de traços, linhas e manchas, uma síntese pessoal da sua própria identidade - sempre em processo “inacabado” - posicionando-se em constante movimento entre referências passadas e presentes. Em obras como "No Boundaries to Love (Cotton People Reloaded)", René Tavares reflete sobre a diáspora africana e sobre as diferentes formas de miscigenação que têm ocorrido. Paralelamente, reflete sobre o seu processo criativo enquanto artista em sintonia com os ritmos de miscigenação que sobrepõem tempos e lugares, diluindo as fronteiras entre domínios.

No Boundaries to Love (Cotton People Reloaded), 2021.

René Tavares,

Yinka Shoribare

Através sua prática colorida e em diverentes materiais, Yinka Shonibare considera para o seu trabalho questões de pós-colonialismo e globalização e frequentemente faz referência ao distintivo tecido batik comum na Nigéria. "The African Library" é uma comemoração da luta pela independência nas antigas colônias europeias em todo o continente africano e celebra as conquistas feitas pelos africanos desde a libertação. Consiste numa instalação de milhares de livros cobertos com o tecido de algodão estampado com cera holandesa, assinatura do artista. Como trechos da biblioteca mais ampla, as colecções desta Biblioteca Africana concentram-se em colaboradores de disciplinas específicas como: Músicos, Atores, Desportistas, Ativistas, Líderes Empresariais, Líderes Políticas Femininas, Designers, Professores e Académicos, Cineastas e Profissionais do Teatro. As colecções são constituídas por aproximadamente 200 livros e são apresentadas em uma estante com uma caixa-catálogo sob medida.

The African Library Collection: Female Political Leaders, 2021

Yinka Shoribare,

Ymane Chabi-Gara

Ymane Chabi-Gara é uma pintora francêsa nascida em 1986. Vive e trabalha em Montreuil. O isolamento, a solidão, o corpo em relação ao mundo e à condição de ser social são os temas principais das pinturas de Ymane Chabi-Gara. Representam indivíduos, sozinhos ou em pequenos grupos, em universos e situações que espelham a sua interioridade. Espaços domésticos e terrenos baldios industriais servem de suporte à narrativa, guiada por impressões formais e coloridas. A princípio, um desenho bem detalhado determina a estrutura da composição. Então a experiência da pintura, por si só, abre possibilidades sensíveis e pictóricas. O corpo, sempre no centro das suas preocupações, serve de ponto de convergência para o qual toda a experiência tende e encontra sentido. O corpo dos outros mas também, recentemente, o seu próprio corpo. Essa encenação de si mesma toca, tanto a singularidade do íntimo, quanto a solidão como sentimento arcaico e universal.

KOENJI (BUSTE BLANC), 2022

Ymane Chabi-Gara,

Esther Mahlangu

Esther Mahlangu faz parte da comunidade Ndebele na região de Gauteng, localizada ao norte de Pretória. Os Ndebele, ao contrário de muitas outras tribos da África do Sul, conseguiram preservar suas tradições ancestrais centenárias. Apesar de ser uma sociedade patriarcal, a herança artística é passada de mãe para filha; quando uma jovem atinge a puberdade, ela se afasta da sociedade masculina por três meses e ensinou os padrões cerimoniais de Ndebele beadwork - no século XIX esta tradição estendeu-se às pinturas murais decorativas, também executadas exclusivamente pelas mulheres Ndebele. Esther Mahlangu é uma importante defensora dessa tradição. Desenha à mão, sem primeiro medir ou fazer um esboço, usando tintas vinílicas luminosas e de alto contraste, que conferem cores e padrões extraordinários aos seus murais. Embora à primeira vista sejam puramente abstratas, suas composições são construídas sobre um sistema inventivo de sinais e símbolos. Mahlangu é o primeiro artista Ndebele a transpor pinturas de murais para telas e a convenções de sua obra para uma escala maior.

Ndbele abstract, 2022

Esther Mahlangu,

A Nesr Art Foundation é uma fundação de arte independente fundada em 2021 por Hiba e Wissam Nesr. Centra-se no apoio a artistas angolanos, e artistas do continente, através de uma plataforma de diálogo e intercâmbio em África e internacionalmente. A fundação oferece um espaço para pesquisa artística, produção e discurso crítico por meio de suas residências, coleções e projetos educacionais, centrados em um polo criativo localizado em Luanda, Angola.

Fundadores

Hiba e Wissam Nesr são filantrópicos e fundadores da Nesr Art Foundation; uma fundação nascida do desejo de apoiar a dinâmica comunidade criativa em Angola e promovê-la internacionalmente. A família Nesr está sediada em África há 40 anos e opera o maior grupo agroindustrial em Angola. Nos últimos dez anos, Hiba e Wissam concentraram seus esforços filantrópicos para promover educação de qualidade, fome zero, água potável e saneamento no país.

Gestor de Projeto

Edna Bettencourt

Comitê Artístico

Azu Nwagbogu Paula Nascimento Tandazani Dhlakama Thiago de Paula Souza

Conselho Consultivo

Diana Campbell N'Goné Fall Samy Ghiyati Hala Khayat Jozef Smets Suzana Sousa Mercedes Vilardell Nora Mansour

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